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ENTREVISTA

Como identificar luxo de verdade: a visão da arquiteta Juliana Cascaes

ENTREVISTA

Como identificar luxo de verdade: a visão da arquiteta Juliana Cascaes

Arquiteta fala sobre estilo autoral e o impacto do Método CIS em seus projetos

Por Redação

Retrato de Divulgação

Arquiteta presente em sete edições da CASACOR, Juliana Cascaes acredita que criar ambientes que emocionam começa por conhecer profundamente cada família. Reconhecida pelo uso de materiais naturais e pela busca de experiências sensoriais, ela vê a mostra como uma vitrine e um investimento estratégico em sua marca. Em entrevista, fala sobre aprendizados, o Método CIS e por que o verdadeiro luxo está na autenticidade, e não no excesso.

THE PRESIDENT_ O que significa transformar espaços em experiências que emocionam?

Juliana Cascaes — Para mim, um projeto nunca é apenas um projeto. A arquitetura tem a capacidade de transformar a vida das pessoas, e essa sempre foi a essência do meu trabalho. Antes de pensar em estética, busco entender profundamente quem é aquela família, suas histórias, memórias, hábitos e sonhos. Só assim é possível criar espaços que emocionam e conversam com a identidade das pessoas.
Transformar um espaço é transformar rotina, comportamento e qualidade de vida. É criar ambientes que acolhem, inspiram e despertam sensações verdadeiras. Isso, para mim, é a função mais bonita da arquitetura.

Como sua participação na CASACOR contribuiu para a construção da sua identidade profissional?

JC A CASACOR foi essencial para fortalecer meu nome e minha marca. Além de ser uma vitrine do meu trabalho, ela atua como um grande investimento em marketing, posicionamento e relacionamento. A mostra me trouxe visibilidade nacional e internacional, reforçou minha presença na mídia e ampliou minhas conexões com fornecedores, marcas e potenciais clientes.

Participar de sete edições, sendo cinco no Mato Grosso e duas em São Paulo, consolidou meu estilo e minha assinatura como arquiteta. A CASACOR não apenas apresenta o meu trabalho, ela eleva a percepção do mercado sobre a minha marca. Os clientes acabam sendo uma consequência natural desse posicionamento mais sólido.

Quais elementos você considera indispensáveis nos ambientes que cria?

JC — Considero indispensável trazer elementos naturais para os projetos. Acredito profundamente na força da natureza como fonte de conexão emocional, acolhimento e bem-estar. Madeira natural, pedra, couro e fibras verdadeiras carregam textura, temperatura e história. Esses materiais tornam a arquitetura mais humana, sensorial e atemporal.
Todos nós, de alguma forma, precisamos nos reconectar com o natural. Quando incorporamos esses elementos com curadoria e equilíbrio, criamos ambientes com alma, que acolhem e nunca saem de moda.

Quais aprendizados você trouxe das experiências na CASACOR?

JC — A CASACOR me ensinou que tempo não é desculpa. Os prazos são curtos, a logística é intensa e a responsabilidade é enorme, mas tudo é possível com disciplina, organização e parceria. Aprendi a tomar decisões rápidas, liderar equipes sob pressão e entregar excelência mesmo diante de desafios.

Hoje levo essa mentalidade para todos os meus projetos: cumprir prazos, pensar estrategicamente e transformar dificuldades em soluções. A mostra me treinou a ser ágil, resiliente e extremamente comprometida, qualidades que aplico diariamente no atendimento aos meus clientes.

O que o Método CIS mudou na sua forma de atender?

JC — O Método CIS, somado a outros cursos e mentorias que venho realizando, transformou minha relação comigo mesma e, consequentemente, com meus clientes. Ele me ajudou a quebrar barreiras emocionais, crenças de merecimento e limitações internas. Quando a gente se entende e se fortalece emocionalmente, tudo flui melhor: comunicação, liderança, criatividade e relações.
Hoje ofereço um atendimento mais humano, empático, seguro e consciente, alinhado com a transformação que busco entregar por meio da arquitetura.

O que diferencia luxo de “parecer luxo”?

JC — Muitas pessoas confundem luxo com excesso ou ostentação. Para mim, o luxo verdadeiro é exatamente o oposto. É a elegância silenciosa do menos é mais, quando poucos materiais são usados, mas escolhidos com extremo cuidado. Madeira natural em vez de MDF. Couro legítimo no lugar de imitações. Pedra real no lugar de reproduções. Sem cópias, sem exageros.
Luxo também é cultura, curadoria e autenticidade. Nada traduz isso melhor do que a arte, que traz inteligência, emoção, técnica e eternidade. O “parecer luxo” tenta impressionar. O luxo real transforma. Ele é sincero, sofisticado e profundamente autêntico.