Com crescimento muito acima da média do segmento, as indianas Bajaj e Royal Enfield são destaque no mercado de motocicletas no Brasil
Nos quatro primeiros meses de 2025, as vendas de motocicletas no Brasil cresceram quase 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Dentro deste panorama de mercado aquecido, as duas marcas indianas aqui instaladas vêm se destacando. Enquanto a Bajaj ampliou suas vendas em mais de 340% no primeiro quadrimestre deste ano (7.549 unidades emplacadas, ante 2.219 entre janeiro e abril de 2024), a Royal Enfield registrou um aumento superior a 85% (8.688 unidades contra 4.690) no mesmo período. Ambas têm fábrica na Zona Franca de Manaus, operando em CKD (Completely Knocked Down) – as motos vêm desmontadas e, aqui, é feita a montagem final, com a eventual inclusão de componentes nacionais. O tamanho da rede é semelhante, com 38 concessionárias Royal Enfield, enquanto a Bajaj chegou ao seu 41º ponto de venda. Confira as principais novidades que cada uma das duas marcas trouxe para o Brasil recentemente.
Royal Enfield
A mais recente novidade da marca, que opera no Brasil desde 2017, é a Super Meteor 650, lançada em abril. Projetada para combinar estilo e força, a custom é feita para quem aprecia uma viagem sem pressa – aproveitando tanto a paisagem como a pilotagem relaxante, seja sozinho ou em grupo. Em março, quem chegou foi a Himalayan 450, trail com motor de 452 cc, 40 cv e 40 Nm de torque – 90% da força desta aventureira está disponível a partir de 3 mil rpm. A suspensão usa amortecedores de curso longo para melhor absorção das irregularidades e o freio ABS pode ser desligado na roda traseira para um off-road mais radical. Já a Shotgun 650 veio em fevereiro, totalmente inspirada no mundo da customização. Ela pode alternar, com facilidade, de monoposto para biposto e, também, para uma versão turismo com bagageiro. Há ainda uma gama de 31 acessórios originais que celebram a cultura custom – como retrovisores nas pontas do guidão, assento solo esculpido ou rodas com acabamento contrastante em alumínio.
Bajaj
A operação brasileira começou no final de 2022, com a importação de três nakeds da linha Dominar: 160 cc, 200 cc e 400 cc. A fábrica de Manaus começou a produzi-las em meados de 2024 e, meses depois, passou a fazer também a Dominar 250, com motor de 250 cc e 27 cv, além de design inspirado no modelo 400 e ciclística que privilegia a maneabilidade. Já a Dominar 400, com 40 cv, tem ampla versatilidade e vai bem além do uso urbano, encarando longas viagens sem pestanejar. Conta com itens como protetores de mãos, motor e de cárter, para-brisa, bagageiro e encosto para garupa. Destaque ainda para as rodas de liga leve e freios ABS. Recentemente, as opções de 160 e 200 cc passaram a ser nomeadas Dominar NS 160 e NS 200 – sigla para Naked Sport. Elas incorporaram faróis full LED, entrada USB e opção de três modos de pilotagem (road, rain e off-road), além de bluetooth que conecta o aplicativo Bajaj Ride ao novo painel digital, dando acesso a chamadas, músicas, notificações e navegação curva-a-curva na tela.
Hero
Bajaj e Royal Enfield devem ganhar, ainda este ano, a companhia de uma terceira marca indiana no mercado brasileiro. Trata-se da Hero, líder no mercado de duas rodas na Índia, que está em fase de finalização de acordo com a Zona Franca de Manaus para montar motocicletas – tanto a combustão como modelos elétricos – também em regime CKD. Existe a expectativa pela chegada de modelos como Mavrick 440, modelo topo de linha que usa a mesma base da Harley-Davidson X440, e a aventureira XPulse 200. (MI)a.