Segundo o Digital News Report 2025, do Reuters Institute, 9% dos brasileiros já usam semanalmente agentes de IA para se informar
Por Redação
Foto Pexels
De acordo com o Digital News Report 2025, do Reuters Institute, 9% dos brasileiros já usam semanalmente agentes de IA como ChatGPT e Gemini para se informar — uma taxa acima da média global e à frente de países como Alemanha, Japão e Reino Unido. O dado coloca o Brasil como protagonista na transformação do consumo de notícias, uma tendência na América Latina.
No México, por exemplo, 7% da população também adota chatbots como fonte de informação semanal, igualando a média global. A crescente confiança na tecnologia para acesso rápido, personalizado e acessível a conteúdo informativo marca o início de uma nova era na forma como o público consome notícias.
“Os usuários recorrem aos agentes de IA para obter currículos concisos, traduções instantâneas e notícias que se ajustam aos seus interesses, buscando complementar as informações que obtêm dos meios tradicionais”, explica Bruno Montoro, Diretor de Negócios da Gupshup LATAM, plataforma de construção de chatbot e referência em IA conversacional.
Mesmo que a tarefa de adoção seja maior no Brasil, os padrões de uso são semelhantes: as pessoas buscam eficiência e personalização, especialmente em situações de sobrecarga de informação. A IA simplifica o acesso às notícias e facilita a compreensão de temas complexos e globais, o que a torna uma nova e boa opção para os veículos de notícia atraírem leitores fiéis e engajados.
As vantagens de um chatbot criado por um veículo de imprensa
Por outro lado, a maioria daqueles que utilizam chatbots para se informar utiliza aplicativos de IA generativa, como o Chat GPT ou Perplexity. Essas ferramentas muitas vezes se baseiam em trechos soltos de sites jornalísticos, sem oferecer o contexto completo ou garantir a precisão editorial. Sendo assim, a alternativa ideal aos veículos de comunicação é lançar seus próprios chatbots de IA para poderem retomar o controle sobre como suas reportagens são interpretadas e distribuídas.
Além de garantir precisão, os chatbots de IA próprios ofereceriam informações diretamente de fontes verificadas, dentro dos padrões editoriais da marca, com curadoria e linguagem adequadas ao público. O resultado seria uma experiência mais precisa, confiável e alinhada à identidade do veículo, reduzindo os riscos de distorção ou desinformação das atuais ferramentas disponíveis.
Diferentemente das ferramentas genéricas de IA, que tratam todas as fontes da mesma forma, os bots desenvolvidos pelos próprios veículos podem seguir critérios editoriais específicos, priorizando profundidade, rigor e confiabilidade. Um chatbot em um portal de economia pode explicar oscilações do mercado com base em análises exclusivas, enquanto um voltado à cobertura política pode oferecer contexto histórico ou checar fatos no momento da interação.
Transformando reportagens longas em resumos acessíveis, podendo responder a perguntas em tempo real e adaptar o conteúdo aos interesses de cada usuário, agentes de IA são uma forma eficaz de engajar o público jovem — cada vez mais distante da mídia escrita. Ao utilizar seus próprios acervos e especialistas como base, os meios de comunicação têm a chance de criar robôs que não apenas informam, mas também educam, promovendo interações mais completas e confiáveis do que as oferecidas por plataformas terceiras.
Novas possibilidades de monetização
Os agentes de IA ainda possibilitam novas oportunidades de monetização e retenção aos veículos de imprensa. Um bot multimídia com IA pode recomendar artigos premium com base nas consultas anteriores do leitor, destacar os benefícios da assinatura ou fornecer resumos de conteúdo exclusivos aos usuários de pagamento. Já nas plataformas como WhatsApp ou Telegram, o envio de resumos de notícias personalizadas ou alertas de última hora criam uma relação direta e habitual com o público, algo cada vez mais difícil na era das redes sociais algorítmicas.
Plataformas de IA conversacional como a Gupshup, líder no segmento em nível empresarial, estão em posição estratégica para apoiar veículos de comunicação na criação e escalabilidade de seus próprios agentes de notícias com IA. Elas permitem que editores integrem chatbots diretamente aos seus sistemas de gerenciamento de conteúdo (CMS) ou acervos editoriais, garantindo resumos precisos e alinhados à identidade da marca, além da distribuição personalizada de notícias por canais como WhatsApp, SMS ou mensagens diretas em redes sociais.