Colaboração
Com consumidores cada vez mais críticos, transparência e autenticidade se tornam os principais ativos para quem quer se destacar no digital
Uma pesquisa recente divulgada pela Meta revelou que 69% dos consumidores valorizam experiências personalizadas e 64% se sentem confortáveis em fornecer dados pessoais quando percebem benefício real em futuras interações. O dado é do Club Martech em parceria com a 1Lacodigital, e reforça uma tendência que vem ganhando força no marketing digital: a busca por relações mais transparentes, éticas e genuínas entre marcas e públicos. Na prática, isso significa que o consumidor atual, mais informado, exigente e atento, está cada vez menos tolerante com abordagens genéricas, fórmulas prontas e discursos mirabolantes. Ele quer verdade. Quer entender quem está por trás da oferta. Quer confiar. E é justamente nessa lacuna entre promessa e entrega que o marketing tradicional perde força, abrindo espaço para uma nova mentalidade de mercado. Quem acompanha de perto essa mudança é Leandro Ferrari, estrategista digital, que enxerga essa virada como uma revolução silenciosa. O mercado amadureceu. Hoje o cliente quer resultado real, não mágica. A honestidade diferencia.
Quem continua prometendo o impossível, está sendo deixado para trás. Transparência não é mais uma questão moral, é uma estratégia de posicionamento. E quem não adotar isso, inevitavelmente perderá espaço.As pessoas se identificam com quem é real. Isso gera conexão emocional e credibilidade. Os bastidores valem mais do que qualquer discurso editado. Essa tendência se consolida também no uso ético de dados. Com a LGPD em vigor e um público cada vez mais preocupado com privacidade, comunicar com clareza o que será feito com as informações coletadas passou a ser não apenas uma obrigação legal, mas um gesto de respeito. Não basta coletar dados. É preciso explicar por que eles estão sendo usados e como isso gera benefício para o usuário. Transparência gera confiança. E confiança gera vendas.
Além do benefício imediato, como engajamento mais orgânico e maior conversão, há também um ganho de longo prazo: a construção de uma autoridade sólida. Esse é um dos ativos mais valiosos que um profissional digital pode conquistar. Reputação se constrói com consistência. Mas ela pode ruir com uma única incoerência. Ser verdadeiro não só protege sua imagem como multiplica seu alcance de forma sustentável.
Os formatos de conteúdo também refletem essa mudança. Estão ganhando espaço vídeos com menos edição, bastidores de lançamentos, relatórios transparentes de performance, e até mesmo o compartilhamento de erros cometidos no caminho.
O público não quer ver só o palco. Ele quer entender o processo. Isso humaniza e inspira. Essa nova fase do marketing digital não elimina as estratégias de performance, mas exige que elas estejam alinhadas a uma narrativa honesta, com linguagem clara e uma entrega que realmente corresponda à proposta. Afinal, não há tráfego pago que sustente um produto ou serviço que não cumpre o que promete. A exigência não é por perfeição, mas por verdade. Ferrari acredita que a comunicação transparente também ajuda a educar o público e qualificar a audiência. Quando você fala a verdade, atrai as pessoas certas. Isso reduz reembolso, melhora a entrega e cria comunidade. É um ciclo positivo que beneficia todos os lado. O marketing digital está, portanto, entrando numa era mais consciente. Uma era em que a eficiência passa não só pelo domínio técnico, mas pela capacidade de gerar conexão real com o público. As marcas e profissionais que entenderem isso sairão na frente, não apenas nas vendas, mas na construção de negócios duradouros. O futuro pertence a quem fala menos como vendedor e mais como parceiro. A autenticidade virou moeda de valor no digital, e quem souber usá-la com responsabilidade vai colher resultados que vão muito além do lucro.