Cofundador da empresa curitibana, Daniel Ribeiro falou sobre a trajetória da DressALL e detalhou projetos como o do showroom de R$ 1 milhão
Por Redação
Referência em projetos luminotécnicos com telas tensionadas e letreiros, a empresa curitibana DressALL vem despontando nos últimos anos, assinando projetos para grandes marcas varejistas, principalmente nos setores automotivo e moda.
Este ano, seus maiores projetos vêm sendo desenvolvidos para a BYD, GAC, MG Motors, Gelly, Denza, Levis, mas também em outros segmentos, como telefonia, para Claro, TIM e Vivo.
Com um investimentos de R$ 1 milhão para a construção do seu primeiro showroom em São Paulo, localizado na principal via do design do Brasil, a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, nos Jardins, o local visa levar um espaço sensorial e um pool de conteúdos, soluções e inovações para o mercado.
Em conversa com Daniel Ribeiro, cofundador da DressALL, ele explica com exclusividade para a The President, a trajetória e os desafios em 12 anos, desde a sua fundação.
THE PRESIDENT _ Antes de falarmos do crescimento que a empresa vem obtendo, conte como foi desde o início desbravando diferentes mercados?
Daniel Ribeiro – A marca DressALL nasceu em 2013 na Itália inspirada em uma solução sistêmica de telas tensionadas, paredes de luz, painéis e totens luminosos, direcionados para o setor comercial como lojas, concessionárias, escritórios, clínicas entre outros ambientes que valorizam a comunicação e permeabilidade da luz em seus espaços.
Inicialmente começamos com apenas um colaborador, um investimento de 150 mil reais, onde conseguimos adquirir uma simples máquina de corte de alumínio, a locação de um galpão de 200 m2, um estoque com 100 barras de perfil de alumínio e uma grande quantidade de determinação e coragem.
Com o que sobrou de verba tínhamos subsídio para 06 meses de sobrevivência econômica. Nosso caminho inicial na busca de clientes infelizmente naufragou em pouco tempo, começamos a abordar prospects de um setor que não tivemos sucesso e nesse contexto haviam passado quatro meses. Foi quando redirecionamos a abordagem comercial para empresas, marcas que dedicavam cuidado e investimentos no momento de apresentação dos produtos e fechamos a primeira venda para a Sony e dali pra frente que tudo começou como almejávamos. Estabelecemos um meta de vendas de 1 milhão de reais para o primeiro ano, mas sem absolutamente nenhum parâmetro e atingimos R$ 1.237.000,00 ou seja, superamos em 23,7% nossa meta.
Em 2014, com a Copa do Mundo no Brasil, conquistamos uma de nossas maiores vendas, fechamos o fornecimento para os aeroportos de Brasíllia, Natal e novo terminal 03 de Guarulhos e esses contratos ofereceram a DressALL a possibilidade de adquirir outras máquinas para potencializar a produção.
Em 2018 fomos homologados pela Samsung para sermos os fornecedores de telas tensionadas, painéis luminosos e tecidos impressos para todas as lojas do Brasil, que somavam mais de 250 unidades.
Para os anos seguintes, seguimos com crescimento de faturamento e estrutura de máquinas e pessoas em quase todos, exceto no ano de 2015 onde também sofremos com a crise econômica mas os anos mais difíceis para DressALL foi 2020 e 2021 com a pandemia, onde o comércio praticamente fechou as portas e os orçamentos e contratos haviam sido cancelados. Foram os anos mais difíceis para empresa.
Após este período, em 2022 fomos convidados pela Samsung a participar de um processo de homologação para nos tornarmos o terceiro Global Supplier de letreiros luminosos para fachada e interno das lojas e desde este momento, nosso faturamento começou a crescer novamente e conquistamos gradualmente novos clientes como Vivara, Natura, New Balance, Dior, Chanel, Dolce&Gabbana, Levis, entre outros.
E agora? Qual o cenário atual da empresa?
DR – Estamos vivendo um momento de grande crescimento. Nosso planejamento estratégico desenvolvido em 2024 foi crucial para que tomássemos decisões como a abertura do showroom de São Paulo e investimentos em novos produtos para que possamos desfrutar do ótimo momento que estamos passando e ao mesmo tempo criar ferramentas para que o crescimento seja contínuo para os próximos 10 anos da marca no Brasil. A alta demanda de projetos impactou no processo produtivo, no qual a empresa adquiriu no ano passado maquinários de impressão para uma capacidade produtiva de 70m2 de impressão por hora.
Sabemos que muitos fornecedores vêm sofrendo uma cobrança cada vez maior para estarem aptos a atender projetos ligados ao ESG, por meio de produtos, inovações e soluções. Vocês desenvolvem projetos nesse sentido para o mercado?
DR – Desde que iniciamos o fornecimento para o grupo O Boticário, passamos por inúmeras auditorias para atingirmos a pontuação para nos tornarmos fornecedor homologado. Atualmente possuímos uma das maiores pontuações e isso fez nossa empresa ter o ESG como um dos pilares de crescimento.