Tecnologia inteligente da Scenario Automation promete elevar padrão de conforto, reduzir custos e abrir mercado bilionário para hotéis de todos os portes no país
Por Rodrigo Paiva, gerente comercial da Scenario Automation
O Brasil tem mais de 550 mil quartos de hotel que ainda não contam com soluções de automação, representando um mercado praticamente inexplorado. Hoje, apenas cerca de 1% de todo o parque hoteleiro nacional possui tecnologia inteligente para iluminação, climatização ou entretenimento, disponível apenas redes de altíssimo padrão. Essa lacuna representa uma das maiores oportunidades de crescimento do setor, estimada em até R$500 milhões em investimentos nos próximos cinco anos apenas com a automação de 1% desse potencial. É um mercado com enorme potencial de diferenciação competitiva. O investimento em automação pode ser planejado de forma compatível com as necessidades e metas de cada empreendimento, variando conforme o nível de solução desejado. Mesmo em um cenário conservador, a adoção mínima já seria capaz de movimentar centenas de milhões de reais no setor, sem considerar o potencial de flats e unidades de hospedagem temporária. Além disso, trata-se de um investimento com potencial de retorno acelerado, impulsionado pela redução de custos operacionais e pela valorização do serviço. Historicamente restrita a redes de altíssimo padrão e a suítes especiais, a automação está deixando de ser um recurso exclusivo do luxo. Para o especialista, soluções modulares e escaláveis permitem que hotéis de médio porte também adotem a tecnologia.
Um projeto pode começar apenas pelo controle inteligente de energia, com sensores que desligam automaticamente o ar-condicionado quando o quarto está vazio, e depois evoluir para integrar iluminação, persianas e entretenimento. É viável de forma técnica e financeiramente. O desafio é mudar a percepção dos gestores. É preciso enxergar automação como investimento estratégico, não como gasto. Um sistema bem projetado pode ter retorno em menos de três anos e ainda agregar valor à diária e à reputação do hotel.
Gargalos e cultura
A baixa adesão se deve a fatores como falta de cultura tecnológica, pulverização do mercado em pequenos empreendimentos independentes, ausência de mão de obra especializada e oferta pouco adaptada à operação hoteleira. A maioria das empresas de automação ainda fala a linguagem do cliente residencial de alto padrão. É preciso traduzir a tecnologia para o universo da hotelaria, com soluções padronizadas, replicáveis e suporte contínuo. Além disso, muitos hotéis ainda apostam em soluções mais simples e limitadas, como cartões economizadores de energia, que não oferecem inteligência real e são facilmente burláveis.
Experiência como diferencial
Para os empreendimentos, a automação significa eficiência, economia e padronização. Para os hóspedes, é sinônimo de conforto, personalização e modernidade. Mais do que apertar botões, o hóspede quer que o quarto reaja a ele: luzes acendendo suavemente, temperatura agradável e cortinas fechando no modo descanso. Isso cria memórias e fideliza.
A inteligência por trás da automação
A Scenario aposta em sensores próprios e inteligência artificial para que o quarto se adapte ao contexto sem comandos manuais. Automação sem sensores inteligentes não é automação, é apenas controle remoto. O ambiente deve se moldar ao hóspede, não o contrário. Sensores detectam presença, luminosidade e ocupação contínua, ajustando iluminação, climatização e persianas automaticamente. O resultado é redução de custos operacionais e maior conforto para o hóspede. A empresa já soma cases de peso, como os hotéis Emiliano em São Paulo e no Rio de Janeiro, em operação há mais de cinco anos com upgrades constantes, e o Clara Resorts, em Minas Gerais. Mais recentemente, desenvolveu, em parceria com revendedores especializados, o “Projeto V3rso” da rede Emiliano, que une hospitalidade tradicional e locação residencial, com automação no centro da proposta. Há demanda reprimida e tecnologia disponível. Falta conectar isso ao negócio do hoteleiro, mostrando ROI real e diferenciação de mercado. Quem fizer isso vai liderar a transformação.