Com apenas um ano de existência, a Colhida já foi premiada em concursos na Itália, Argentina e Turquia por seus blends sofisticados e sensoriais de azeites artesanais
Por Redação
Uma fazenda de 20 alqueires na cidade mineira de Sapucaí-Mirim, a 1600 metros de altitude, no coração da Serra da Mantiqueira, está por trás de alguns dos melhores azeites artesanais do Brasil. É lá que os chefs Juan e Gabi Zan produzem os azeites da Colhida, marca criada há cerca de um ano e que já acumula prêmios internacionais.
A Colhida recebeu o título de melhor azeite do Brasil no EVO IOOC 2025, um dos concursos mais prestigiados do setor, realizado na Itália. Em Mendoza, na Argentina, foi premiada com a medalha Gran Prestigio Oro no Olivinus 2024. Já na Turquia, também levou medalha na sexta edição anual do Anatolian International Olive Oil Competition.
A marca possui dois blends. O primeiro é o Intenso Safra Especial, elaborado a partir das variedades Koroneiki e Arbosana. O azeite entrega um perfil sensorial complexo: começa suave no paladar, mas logo revela intensidade, com notas marcantes de folhas e frutos verdes, além de nuances de amargor e picância. Ele foi feito para acompanhar pratos robustos, como queijos curados e carnes vermelhas.
O Blend Terroir, por sua vez, é feito de Arbequina, Koroneiki e Arbosana, apresentando notas herbais que evocam grama recém-cortada, com um perfil frutado, uma picância equilibrada e um leve amargor.
Sobre os fundadores da Colhida
Os chefs Juan e Gabi Zan se conheceram ao dividirem os fogões do Brace, restaurante que funcionou dentro do complexo gastronômico Eataly. Gabi é formada em gastronomia pela Anhembi-Morumbi, trabalhou em restaurantes de São Paulo e, por cinco anos, esteve à frente da padaria Zan Pan, dedicada à fermentação natural. Já Juan é egresso do Senac Águas de São Pedro e tem passagens por cozinhas como a do Palácio Tangará.
Ambos buscavam trocar o ritmo acelerado das cozinhas profissionais por uma vida mais conectada à natureza e ao tempo familiar. Essa busca os levou até Sapucaí-Mirim, onde encontraram a antiga fazenda já com 2.500 oliveiras. Era um olival de dez anos que estava abandonado”, conta Gabi.
Depois de um ano cuidando das oliveiras e estudando o manejo das árvores, a dupla colheu em 2024 sua primeira safra, que rendeu 1.500 litros de azeite de excelente qualidade. Inicialmente, a ideia era distribuí-lo entre familiares e amigos, mas os sabores, aromas e estrutura do azeite eram complexos demais para ficarem restritos ao círculo íntimo. Foi então que nasceu a Colhida.
Além de ampliar a produção com o plantio de mais 1.500 oliveiras, o casal atualmente se dedica à produção de mel e cogumelos na fazenda. Uma vez por mês, as portas da propriedade são abertas para receber visitantes em uma experiência única de turismo rural. Os encontros incluem café da manhã e almoço preparados pelos próprios chefs, com ingredientes locais e, claro, os azeites da casa.