Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) projetou três cenários que possibilitam emissões líquidas zero (net-zero) até 2050
Por Redação
De acordo com uma análise de cenários para descarbonização da economia brasileira feita pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), a produção de biocombustíveis será fundamental para a substituição de combustíveis fósseis e possibilitar emissões líquidas zero (net-zero) até 2050.
A entidade projetou três cenários de redução de emissões e ações de transição energética: o “Transição Brasil”, onde são consideradas as atuais políticas públicas para a transição energética; o “Transição Alternativa”, com cumprimento das metas de forma mais gradual; e o “Transição Global”, com a adoção de medidas mais drásticas.
Em todos os panoramas, os derivados começam a perder espaço na década de 2030 e recuam mais forte após 2040. A análise considera o avanço na oferta de biocombustíveis, como diesel verde (HVO), combustível sustentável de aviação (SAF) e biogás, além de projetar um avanço maior da geração renovável na matriz energética, sobretudo eólicas e solares, e um aumento da eletrificação da economia.
Entre 2030 e 2040, é esperada uma transformação estrutural da matriz energética. Já entre 2040 e 2050, a expectativa é de consolidação de uma matriz alinhada à neutralidade de emissões. Os cenários apontam ainda projeções de crescimento da economia com a transição energética. No mais otimista, o “Transição Global”, imagina-se um crescimento do PIB de 3,2% ao ano, com expansão de investimentos da ordem de 6% ao ano na transição energética.