The President

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

entrevista

Jorge Yamaniski Neto, Diretor da Osten Group

ENTREVISTA

Cinco perguntas para Jorge Yamaniski Neto, Diretor da Osten Group

A transição para veículos elétricos está em pleno crescimento. Nas últimas semanas, a chinesa BYD Brasil anunciou a instalação de sua fábrica no País. No entanto, há a necessidade de melhorar a infraestrutura de carregamento para impulsionar as vendas de veículos 100% elétricos. Por isso, a venda de veículos híbridos tem sido mais fácil, atendendo à demanda dos clientes preocupados com sustentabilidade e que buscam uma opção para uso urbano, de acordo com Jorge Yamaniski Neto, Diretor da Osten Group.

O grupo, inclusive, é responsável por algumas concessionárias da nova marca no Brasil. Leia, abaixo, as cinco perguntas para Jorge Y. Neto, Diretor da Osten Group.

THE PRESIDENT - O futuro da mobilidade é elétrico. Uma fala da VP da BYD Stella Li afirma, inclusive, que, no futuro, 50% da frota de veículos será de modelos elétricos e outros 50% de veículos híbridos. Como você vê esta transição neste momento no varejo?

Jorge Y. Neto – Atualmente ainda vemos a necessidade de melhorarmos a infraestrutura de carregamento para que aqueles que têm interesse em um veículo 100% elétrico se sintam mais seguros em realizar a compra. Vejo que esse é um dos principais questionamentos dos clientes. Por conta disso, vemos mais facilidade na venda dos veículos híbridos. Os clientes que buscam atualmente um veículo 100% elétrico são aqueles mais ligados ao ESG, mais especificamente à sustentabilidade, e que têm um uso mais urbano. 

O modelo de veículos por assinatura é crescente e a Osten conta com a Osten Go, que adere a este modelo. Qual é o perfil deste cliente? A assinatura é lead para futuras vendas ou a Osten se concentra em fidelizar este cliente na Osten Go?

Vemos que o comportamento dos clientes tem mudado bastante e cada vez mais as pessoas têm pensado mais no uso do bem do que na propriedade do ativo. Isso significa que estão mais dispostas a optar por uma locação do que pela compra de um carro. Além disso, o nosso dia a dia parece estar cada vez mais corrido, a locação vem sendo escolhida por aqueles que querem praticidade, uma vez que IPVA, seguro, manutenções são todas responsabilidades nossas. Temos também muitos clientes do mercado financeiro, que preferem a locação em vez de imobilizar um montante alto em um ativo que vai desvalorizar após um ou dois anos. Vemos que muitos dos nossos clientes da Osten GO renovam suas locações após o período, muitos dão um upgrade no modelo do carro e também existem aqueles que optam pela aquisição após terem vivido a experiência da locação. Nosso objetivo é a satisfação do cliente, e que ele se sinta bem atendido seja na locação ou na venda do carro.

Recentemente, o Osten Group entrou para o mercado de Criptomoedas com a comercialização de modelos usando esta modalidade. No entanto, trata-se de um mercado extremamente volátil quando convertido a cotações como Dólar e Real. Como se assegurar das bruscas variações nestas transações?

Decidimos oferecer também essa forma de pagamento pois com a Osten Moove, nossa aceleradora de startups, passamos a ter muito mais contato com pessoas que atuam no mercado de criptoativos. Realmente esse é um mercado bem volátil, porém quem está disposto a fazer a aquisição de um veículo por essa modalidade está acostumado com a volatilidade. O valor em Cripto é definido exatamente no momento do pagamento/transação.

A BYD chegou recentemente no Brasil e pretende democratizar o acesso aos veículos elétricos e, mundialmente, desbanca a Tesla. Como é passar a atuar também com este perfil de veículos (até R$ 150 mil) no portfólio da Osten?

A Osten surgiu como BMW e tem em seu portfólio marcas do segmento premium, porém não será muito diferente do que temos atualmente na Jeep, com veículos de R$ 115 mil. Não considero este um problema, mas sim uma oportunidade de nos destacarmos nessas operações ao levarmos a nossa excelência no atendimento para esses clientes que muitas vezes ficam desassistidos em outras concessionárias focadas mais no volume de vendas.

Como é o equilíbrio da demanda por veículos elétricos e tradicionais carros a combustão nas redes de concessionárias?

Temos a projeção este ano de que 30% das nossas vendas sejam de veículos eletrificados (híbridos ou 100% elétricos), e a cada ano, vemos essa porcentagem aumentar. Acredito que não irá tardar muito para chegarmos aos 50% de participação de eletrificados em nossas vendas.