O jovem chef Martin Casilli é responsável pelo grupo Sky Hall, atualmente com três endereços, faturamento de cerca de R$ 15 milhões e previsão de crescimento
Por Raphael Calles
Você não precisa conhecê-lo pessoalmente para sentir o impacto que provoca nas pessoas ao seu redor. Martin Casilli, antes de ser chef, era engenheiro. Mas antes mesmo de ser engenheiro – e acima de tudo – é humano. Mesmo por foto, à distância, ou em suas breves aparições em público em algum dos restaurantes que está sob sua tutela, a aura é de positividade e engajamento. Como se alguma coisa boa pudesse sair de sua mente ou suas mãos a qualquer momento. E isso realmente acontece.
Além de seu talento na criação de uma diversidade de pratos de culinária mediterrânea, sua especialidade, Martin traz consigo uma missão clara: empreender com propósito. “Só faz sentido para mim se eu causar impacto positivo na vida das pessoas”, diz. Seu engajamento está presente com os ingredientes que trabalha, com os clientes de seus restaurantes, com pessoas que trabalham ao seu lado e para toda a comunidade ao seu redor.
A mais notável de suas iniciativas é abrigar o chamado Drag Brunch Brasil. Todos os meses, drag queens se apresentam nas manhãs e tardes de domingos para uma sequência de espetáculos que acontecem no Sky Hall Terrace Bar, como uma forma de reforçar a arte de comunidades que, muitas vezes, são marginalizadas pela sociedade. E a iniciativa é um sucesso: os ingressos estão sucessivamente esgotados.
Casa cheia é sinal de sucesso
Com isso, o grupo Sky Hall, hoje, conta com três endereços distintos. Além de Sky Hall Terrace Bar, no Itaim Bibi, em São Paulo, Casilli ainda mantém um segundo endereço nos Jardins, Sky Hall Garden Bar, também na capital paulista, e Sky Hall Rooftop Bar, em Itajaí, Santa Catarina. A rede deve crescer ainda mais, com a previsão de dois novos pontos em São Paulo e um em Brasília. E como o nome do grupo diz, o céu é parte integrante do projeto. “Sempre buscamos lugares que tenham o céu como elemento agregador”, descreve o chef. Martin conta que o Grupo Sky Hall alcançou o faturamento de R$ 12 milhões em 2022 e espera romper a marca dos R$ 15 milhões neste ano.
Apaixonado por cozinhar desde a infância, foi somente depois da participação no programa Masterchef, em 2014, que Martin decidiu mudar o rumo de sua carreira, trocando a engenharia pela gastronomia. Aos 30 anos, além de empresário de sucesso em um ramo competitivo e bastante desafiador, Casilli abraça ainda outras questões sociais, como ter uma horta orgânica, promover a arte e contribuir para o desenvolvimento de todos os colaboradores para além das fronteiras do restaurante. “Hoje, temos 55 pessoas trabalhando no Grupo Sky Hall e oferecemos capacitação para que todas possam crescer e abraçar novas oportunidades tanto aqui dentro, quanto em outras empresas”, diz o chef.
Ainda no âmbito social, o chef se engaja na Padoca do Ninho. Ele é responsável pelas receitas das focaccias e cookies comercializadas por lá. Toda a renda do projeto é revertida para o Instituto Ninho Social, que leva higiene e inclusão social às pessoas em situação de rua da cidade de São Paulo. Para o cuidado com o meio ambiente, Casilli quer investir ainda mais no processo de reciclagem de seus restaurantes, que hoje se concentra no reaproveitamento do vidro. “Quero estender isso a outros materiais e aos resíduos orgânicos, enviando-os às uma central de reciclagem e ampliando mais o impacto das nossas ações”, completa.