O restaurante do chef Tsuyosho Murakami, em São Paulo é tão exclusivo que serve apenas 17 frequentadores por refeição
Por Ney Ayres
considerado uns dos principais chefs da gastronomia oriental de São Paulo, Tsuyoshi Murakami cria experiências únicas, sempre com novos menus, que recorrem aos alimentos mais frescos do dia. Sentados no balcão e sem barreiras para a cozinha, os privilegiados frequentadores de seu restaurante, o Murakami, podem assistir ao trabalho do cozi- nheiro, interagir com ele e apreciar sua performance teatral.
A casa funciona apenas em dois horários por noite – às 19 e às 21h30, de terça a sábado. São apenas 17 lugares. Nem mais nem menos. O sonho de um restaurante próprio foi realizado no final de 2019, em uma casa na Alameda Lorena, na região dos Jardins. Murakami escolheu o ideograma japonês Mu (que significa “nada, vazio”) como símbolo. Há algumas explicações para essa opção. A primeira é o ambiente, com decoração mini- malista e quase todos os lugares virados para a cozinha exceto uma mesa mais reservada. A segunda explicação é o fluxo totalmente livre entre quem
prepara as receitas e quem as degusta.
Ao entrar na casa, o frequentador avisa sobre suas restrições ali- mentares e escolhe entre o volume de pratos dos três menus-degus- tação, que, na verdade, são surpresas, montadas de acordo com os melhores ingredientes disponíveis no dia. O primeiro deles é a Expe- riência Murakami, em seis tempos, sendo cinco etapas salgadas e uma doce. Já a Experiência Sushi abrange 18 etapas, mais a sobremesa. Ela abarca sushis servidos na temperatura ideal entre o arroz e o peixe, algo difícil de encontrar em outras casas. Há ainda o menu de nove tempos, com caviar. Todas as sobremesas são preparadas por Suzana, mulher de Murakami.
As experiências podem ser harmonizadas com saquês artesanais exclusivos. Ou então com cerveja ou vinhos da carta, que preza pelos naturais e biodinâmicos
