Copenhague lidera o levantamento do The Economist*, avaliada por saúde, cultura, educação, meio ambiente, infraestrutura e estabilidade.
Por Redação
A Economist Intelligent Unit (EIU), divisão de pesquisa e análise do Economist Group, publicou a versão 2025 do seu índice de habitabilidade mundial. A pesquisa anual avalia 173 cidades em cinco categorias: saúde, cultura e meio ambiente, educação, infraestrutura e estabilidade. Foram poucas as mudanças significativas em comparação com a edição de 2024, mas a principal delas foi justamente na liderança, com Copenhague desbancando Viena.
A capital austríaca foi considerada a melhor cidade para se viver durante três anos consecutivos, mas agora aparece empatada com Zurique na segunda posição. Dois ataques terroristas frustrados foram os motivadores da queda de pontuação no quesito estabilidade, que quantifica a ameaça de conflito militar, agitação civil e terrorismo.
Ao todo, Copenhague recebeu a pontuação de 98. Já Viena e Zurique receberam 97,1. Fechando as cinco primeiras colocações, aparecem Melbourne e Genebra, com 97 e 96,8, respectivamente.
Top 10 cidades do índice de habitabilidade mundial 2025 da Economist Intelligent Unit (EIU)
1 – Copenhague, Dinamarca
2 – Viena, Áustria
2 – Zurique, Suíça
4 – Melbourne, Austrália
5 – Genebra, Suíça
6 – Sydney, Austrália
7 – Osaka, Japão
7 – Auckland, Nova Zelândia
9 – Adelaide, Austrália
10 – Vancouver, Canadá
Sobe e desce no índice
Se no topo do índice tivemos mudanças, a lanterna se manteve intacta. Damasco permanece em último lugar, mesmo com a queda de Bashar al-Assad em dezembro e a subsequente decisão dos EUA de suspender as sanções econômicas à Síria. Trípoli, Daca, Carachi e Argel completam o grupo das cinco piores cidades.
Quem registrou a melhor subida no ranking foi a saudita Al Khobar. Famosa por suas lojas e shoppings, a cidade subiu 13 posições e agora é a 135ª colocada. A melhora reflete os investimentos pesados da Arábia Saudita no acesso à saúde e educação, seguindo o programa de diversificação econômica do Vison 2030, que visa reduzir a dependência do país em relação ao petróleo.
Por outro lado, a canadense Calgary teve a maior queda. Perdendo 13 posições, saiu do quinto lugar e agora está em 18º. O declínio vertiginoso foi em virtude da intensificação das tensões no serviço de saúde do Canadá e da escassez de moradias. Pelos mesmos motivos, Toronto e Vancouver também tiveram pontuações menores em comparação a 2024.
For the second year running living conditions have not improved in cities around the world, according to the latest liveability index from our sister company. Find out where your city ranks https://t.co/fxJrqzLWFZ
— The Economist (@TheEconomist) June 17, 2025
Sobre o índice
Cidades menores costumam se dar melhor nos índices anuais da EIU. Somente três das 20 melhores ranqueadas têm mais de seis milhões de habitantes. Dessas, apenas Osaka figura entre as dez melhores. Os níveis de criminalidade e a ameaça de terrorismo costumam ser maiores em locais mais populosos, assim como o congestionamento nas ruas.
A pontuação média de habitabilidade nas 173 cidades foi a mesma da lista de 2024: 76,1 de possíveis 100. No geral, as pontuações de estabilidade diminuíram, mas o aumento em educação, saúde e infraestrutura compensou.
Entre as 30 cidades avaliadas na Europa Ocidental e 25 na América do Norte, apenas Atenas não atinge o nível mais alto de qualidade de vida, definido como uma pontuação de 80 ou mais.
A Ásia é a terceira melhor região em qualidade de vida, embora suas cidades tenham uma gama muito mais ampla de condições de vida. Quase metade dos 20 primeiros lugares está no leste asiático, na Austrália e na Nova Zelândia. Muitas cidades do sul da Ásia têm classificações bem mais baixas, em parte devido à alta poluição e às altas temperaturas.
E o Brasil?
Somente duas cidades brasileiras aparecem no índice de habitabilidade mundial da EIU: São Paulo e Rio de Janeiro. A capital paulista recebeu uma nota menor do que 70, figurando no terceiro de cinco níveis de qualidade de vida. A cidade carioca, por sua vez, foi a 20ª que mais subiu no ranking, escalando três posições para alcançar o 111º lugar, com 70,9 pontos.