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Parceria entre Nestlé, re.green e Barry Callebaut prevê plantio de 11 milhões de árvores na Bahia e no Pará

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Nestlé anuncia parcerias para o plantio de 11 milhões de árvores na Bahia e no Pará

Junto à re.green e à Barry Callebaut, a Nestlé planeja restaurar oito mil hectares e remover cerca de 1,5 milhão de toneladas de carbono em 30 anos

Por Redação

A Nestlé Brasil anunciou duas parcerias para projetos do seu Programa Global de Reflorestamento. Junto da re.green, empresa brasileira especializada em restauração florestal em grande escala, e da Barry Callebaut, fabricante líder mundial de produtos de chocolate e cacau, a empresa vai realizar operações que contemplam o plantio de 11 milhões de árvores na Bahia e no Pará.

Juntos, os dois projetos de restauração ambiental cobrirão cerca de oito mil hectares em regiões de produção de cacau e café, além de removerem cerca de 1,5 milhão de toneladas de carbono equivalente da atmosfera. A Nestlé tem como meta reduzir pela metade as emissões até 2030 e se tornar Net Zero em 2050. Já o objetivo do Programa Global de Reflorestamento da empresa é plantar 200 milhões de árvores em diferentes países nos próximos cinco anos, sempre em regiões onde a companhia se abastece de matérias-primas.

Os dois projetos de restauração ambiental cobrirão cerca de oito mil hectares em regiões de produção de cacau e café. Foto: iStock/dimarik

“Os dois projetos contribuirão com nossas metas de descarbonização, mas a estratégia de sustentabilidade da Nestlé vai muito além da remoção de carbono. Queremos regenerar áreas em regiões onde nos abastecemos de ingredientes, porque a restauração ambiental aumenta a resiliência das cadeias de suprimentos”, declarou Barbara Sapunar, diretora executiva de Business Transformation e ESG da Nestlé Brasil.

Área em processo de restauração na Bahia (Foto: Divulgação/re.green)

“São dois projetos complementares. Tanto a floresta nativa quanto a agrofloresta cumprirão papéis importantes, dando escala aos benefícios ambientais, mas também aos benefícios sociais, porque vão gerar oportunidades econômicas, principalmente para as comunidades locais”, completou Sapunar.

A parceria com a re.green

O projeto com a re.green será financiado integralmente pela Nestlé e será realizado no sul da Bahia. A iniciativa visa o plantio e regeneração de 3,3 milhões de árvores nativas em um espaço de dois mil hectares de Mata Atlântica, além de gerar cerca de 880 mil créditos de carbono ao longo de 30 anos.

A re.green será responsável por todo o processo técnico da operação, incluindo mapeamento, planejamento, cultivo de espécies nativas e o monitoramento a longo prazo. O modelo de reflorestamento será de restauração ecológica, que busca reconstituir o ecossistema da forma mais próxima possível de seu estado original, com a recomposição dos sistemas hídricos e a volta da biodiversidade local.

O projeto já está em implantação e deve gerar 160 empregos diretos locais. O trabalho inclui capacitação de profissionais, apoio a coletores de sementes e incentivo à cadeia produtiva da restauração.

“Esta iniciativa reflete um modelo estratégico para o envolvimento do setor privado na restauração ecológica e na ação climática, com foco em regiões críticas para a biodiversidade e a produção de alimentos. Esse tipo de parceria mostra como as empresas podem ir além da compensação e investir na restauração de paisagens conectadas às suas cadeias produtivas. A re.green entrega uma solução completa de remoção com integridade, que melhora a infiltração de água, regula o microclima, reduz a erosão e fortalece a biodiversidade. Esses benefícios são decisivos para a resiliência do território e das atividades econômicas ligadas a ele. É impacto ambiental com retorno real para quem produz e para quem investe”, afirmou Thiago Picolo, CEO da re.green.

A parceria com a Barry Callebaut

Já a parceria com a Barry Callebaut vai restaurar seis mil hectares na Bahia e no Pará. A maior parte das áreas será convertida em sistemas agroflorestais com cacau, e inclui também reflorestamento de alta densidade em cerca de 600 hectares de Áreas de Proteção Ambiental e Reservas Legais.

Ao todo, 7,7 milhões de mudas de cacaueiros e outras espécies nativas da região serão plantadas e cultivadas por, pelo menos, 25 anos em propriedades que compõem a cadeia produtiva de cacau. A Nestlé vai financiar 60% da iniciativa, que pretende gerar 27 empregos diretos nas áreas de coordenação, assistência técnica e gestão operacional, além de incentivos financeiros para mais de mil agricultores por serviços ambientais prestados.

“Este programa é uma forma de valorizar o produtor como protagonista da regeneração ambiental e do desenvolvimento da cadeia de cacau no Brasil. É também uma prova do nosso compromisso de oferecer as melhores soluções e serviços de chocolate do mundo aos nossos clientes. Estamos empenhados em trabalhar ao lado da Nestlé neste projeto, que é líder no setor, além de acelerar nossa jornada de descarbonização”, concluiu Tilmann Silber, chefe de Net Zero da Barry Callebaut.