À frente da Sergio K., o designer Sergio Kamalakian fala sobre a evolução da moda masculina, o novo posicionamento da marca e os próximos lançamentos que unem lifestyle, inovação e sofisticação
Por Redação
Criador e criatura. O designer Sergio Kamalakian iniciou sua marca Sergio K. há 20 anos, vendendo sapatos feitos à mão e, em apenas dois anos, seu nome já era uma das marcas de moda mais cobiçadas entre o público masculino.
Designer de moda por paixão, suas inspirações em como se vestir resultaram no próprio lifestyle da marca, mas “inserindo a isso a jovialidade e os prazeres de uma vida e seus momentos de lazer”, como ele mesmo diz. Em sintonia com as tendências e comportamento do mercado mundial, seus produtos são lembrados pela inovação e irreverência, de maneira descontraída e sem tabus, aplicando estampas com personagens icônicos.
Com 11 lojas físicas e presente em mais de 270 lojas multimarcas pelo Brasil, além do e-commerce, Sergio K., que já teve sua marca associada a personalidades icônicas mundiais, como o irreverente fotógrafo norte-americano Terry Richardson; grandes modelos como: Marlon Teixeira, Colin Egglesfield, David Gandy, Jon Kortajarena, Sean O’Pry, Tony Ward e Andrés Velencoso e o primeiro estilista convidado a assinar uma linha para C&A, depois firmando collabs a outras marcas, como a New Balance e Heineken, mudou seu posicionamento de holofotes, passarelas e mídia para uma imagem talvez mais comportada e discreta. Em entrevista exclusiva à The President, Sergio Kamalakian conta o atual momento e posicionamento da marca, junto a suas novidades.
THE PRESIDENT _ O que mudou na moda masculina nos últimos 20 anos?
Sergio Kamalakian – Mudou a intenção. Antes o homem se vestia para aparecer; hoje ele se veste para dizer algo. O slim extremo deu lugar a uma modelagem que acompanha o corpo, não o aperta. A tecnologia entrou no guarda-roupa (conforto, performance, easy care); a alfaiataria ficou mais leve e o “quiet luxury” trocou o logo pelo corte perfeito. Eu trouxe isso para a Sergio K: menos ruído, mais substância, peças que funcionam do voo ao jantar, com caimento impecável e personalidade.
A marca ficou mais “silenciosa”. Foi proposital?
SK – Quando você vira assunto, é tentador falar alto o tempo todo. Eu preferi escolher as batalhas. Tirei a marca do palco por um tempo para colocar o produto sob os holofotes: lapidamos modelagens, subimos matéria-prima, ampliamos categorias e afinamos canais diretos com o cliente. A minha imagem sempre esteve na Sergio K, mas hoje a força está na consistência. Menos campanha barulhenta; mais coleção que os clientes vestem e não querem tirar.
Qual o posicionamento da Sergio K no mercado brasileiro?
SK – Moda masculina premium urbana, feita no Brasil com passaporte internacional. Estamos entre o casual sofisticado e o luxo silencioso, com atitude. Nosso diferencial é engenharia de modelagem e tecidos nobres; pitada de irreverência e edições enxutas. Não competimos por preço, nem por hype: competimos por vestir melhor. É lifestyle completo, da camisa polo e do tricot ao underwear e aos acessórios, com serviço próximo e olhar de curadoria.
O que vem aí? Um spoiler?
SK – Na verdade, três! Na parte de produtos, estamos trazendo cápsulas técnicas de polos e tricots (toque nobre, performance discreta) e uma alfaiataria leve, desestruturada, com elasticidade — para a rotina real do executivo. Além disso, vêm aí drops limitados, numerados, resgatando ícones da marca com maturidade. E, por fim, visando a experiência: collabs cirúrgicas e pop-ups imersivos que unem moda, arte e gastronomia. Spoiler? Uma cápsula noturna com códigos da nossa história, reeditados no idioma do agora.